Fora da caridade não há salvação


Imaginemos que o dia de hoje inicia-se com um luminoso amanhecer, que indica um dia ensolarado e com uma temperatura agradável. Procedemos conforme a nossa rotina, e quando estamos quase chegando ao trabalho somos vítimas de um atropelamento fatal. Nossa vida chega ao fim.

Não precisamos de um inferno flamejante repleto de demônios munidos de lanças e tridentes. Uma simples pergunta  pode ser mais perturbadora do que isso:

- "O que fizestes de tua vida?"

E antes que conseguíssemos responder a esta, uma outra nos levaria ao nocaute (se já não estivéssemos mortos):

- "E o que deixastes de fazer?"

É neste momento que se passa como se fosse um filme em nossa mente, resultado de uma busca vigorosa em nossas memórias à procura dessas respostas.

As boas ações, o cultivo das virtudes e o desapego ficariam em qual das listas? O que fiz ou o que deixei de fazer?

Temos o péssimo hábito de pensar que morreremos com 80 ou 90 anos, bem velhinhos. E com isso, vamos adiando os nossos deveres.

"Agora não tenho tempo para isso. Quando eu for mais velho me preocuparei com isso."

Porém podemos morrer a cada instante, sendo pegos de surpresa.

"Ah, se eu tivesse mais uma chance eu faria tudo diferente!"

Mas acabastes de ter uma chance. Porque não fez diferente?

E o que esperamos para nós depois do fim desta vida?

"A cada um segundo suas obras", já dizia Jesus.

Não importa se você é espírita ou não. Se você acredita que exista qualquer tipo de continuação depois da morte, saberá que a sua destinação futura será compatível com o que tiverdes realizado em vida.

Eis porque fora da caridade não há salvação.

Somente através da prática da caridade, do amor ao próximo e do melhoramento íntimo é que poderemos vislumbrar um futuro melhor, seja ainda nesta vida, seja fora do corpo ou ainda em uma próxima encarnação.

É a popular figura de plantar a boa semente para colher o bom fruto.

"Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, ou seja, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinamentos, mostra essas virtudes como sendo o caminho da felicidade eterna. Bem-aventurados, diz ele, os pobres de espírito, quer dizer: os humildes, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados os que tem coração puro; bem-aventurados os mansos e pacíficos; bem-aventurados os misericordiosos. Amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros os que desejaríeis que vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quereis ser perdoados; fazei o bem sem ostentação: julgai-vos a vós mesmos antes de julgar os outros. Humildade e caridade, eis o que não cessa de recomendar, e  de que ele mesmo dá o exemplo. Orgulho e egoísmo, eis o que não cessa de combater. Mas ele fez mais do que recomendar a caridade, pondo-a claramente, em termos explícitos, como a condição absoluta da felicidade futura."

Esperaremos até quando para seguir os ensinamentos do Cristo? Continuaremos deixando para mais tarde?

Podemos morrer daqui a 50 anos, 50 meses ou 50 minutos. O que teremos feito de nossas vidas? E o que teremos deixado de fazer?

 

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