Benefícios pagos com a ingratidão
Neste momento de quarentena, muitas pessoas estão pela primeira vez se motivando a prestar auxílio ao próximo, das mais variadas maneiras. E isso é ótimo! Muitas pessoas estão atendendo ao chamado.
Porém, pode acontecer de algumas dessas pessoas sentirem-se desmotivadas ao encontrarem alguns entraves nessa jornada, tais como a ingratidão. O texto abaixo, bem como a nossa posterior reflexão, visam esclarecer e auxiliar a todos que se lançam na estrada da prática do bem:
"Que se deve pensar dos que, recebendo a ingratidão em paga de benefícios que fizeram, deixam de praticar o bem para não topar com os ingratos?
Nesses, há mais egoísmo do que caridade, visto que fazer o bem, apenas para receber demonstrações de reconhecimento, é não o fazer com desinteresse, e o bem, feito desinteressadamente, é o único agradável a Deus. Há também orgulho, porquanto os que assim procedem se comprazem na humildade com que o beneficiado lhes vem depor aos pés o testemunho do seu reconhecimento. Aquele que procura, na Terra, recompensa ao bem que pratica não a receberá no céu. Deus, entretanto, terá em apreço aquele que não a busca no mundo.
Deveis sempre ajudar os fracos, embora sabendo de antemão que os a quem fizerdes o bem não vo-lo agradecerão. Ficai certos de que, se aquele a quem prestais um serviço o esquece, Deus o levará mais em conta do que se com a sua gratidão o beneficiado vo-lo houvesse pago. Se Deus permite por vezes sejais pagos com a ingratidão, é para experimentar a vossa perseverança em praticar o bem.
E sabeis, porventura, se o benefício momentaneamente esquecido não produzirá mais tarde bons frutos? Tende a certeza de que, ao contrário, é uma semente que com o tempo germinará. Infelizmente, nunca vedes senão o presente; trabalhais para vós e não pelos outros. Os benefícios acabam por abrandar os mais empedernidos corações; podem ser olvidados neste mundo, mas, quando se desembaraçar do seu envoltório carnal, o Espírito que os recebeu se lembrará deles e essa lembrança será o seu castigo. Deplorará a sua ingratidão; desejará reparar a falta, pagar a dívida noutra existência, não raro buscando uma vida de dedicação ao seu benfeitor. Assim, sem o suspeitardes, tereis contribuído para o seu adiantamento moral e vireis a reconhecer a exatidão desta máxima: um benefício jamais se perde. Além disso, também por vós mesmos tereis trabalhado, porquanto granjeareis o mérito de haver feito o bem desinteressadamente e sem que as decepções vos desanimassem.
Ah! meus amigos, se conhecêsseis todos os laços que prendem a vossa vida atual às vossas existências anteriores; se pudésseis apanhar num golpe de vista a imensidade das relações que ligam uns aos outros os seres, para o efeito de um progresso mútuo, admiraríeis muito mais a sabedoria e a bondade do Criador, que vos concede reviver para chegardes a ele. — Guia protetor. (Sens, 1862.)" (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 19.)
Nesses, há mais egoísmo do que caridade, visto que fazer o bem, apenas para receber demonstrações de reconhecimento, é não o fazer com desinteresse, e o bem, feito desinteressadamente, é o único agradável a Deus. Há também orgulho, porquanto os que assim procedem se comprazem na humildade com que o beneficiado lhes vem depor aos pés o testemunho do seu reconhecimento. Aquele que procura, na Terra, recompensa ao bem que pratica não a receberá no céu. Deus, entretanto, terá em apreço aquele que não a busca no mundo.
Deveis sempre ajudar os fracos, embora sabendo de antemão que os a quem fizerdes o bem não vo-lo agradecerão. Ficai certos de que, se aquele a quem prestais um serviço o esquece, Deus o levará mais em conta do que se com a sua gratidão o beneficiado vo-lo houvesse pago. Se Deus permite por vezes sejais pagos com a ingratidão, é para experimentar a vossa perseverança em praticar o bem.
E sabeis, porventura, se o benefício momentaneamente esquecido não produzirá mais tarde bons frutos? Tende a certeza de que, ao contrário, é uma semente que com o tempo germinará. Infelizmente, nunca vedes senão o presente; trabalhais para vós e não pelos outros. Os benefícios acabam por abrandar os mais empedernidos corações; podem ser olvidados neste mundo, mas, quando se desembaraçar do seu envoltório carnal, o Espírito que os recebeu se lembrará deles e essa lembrança será o seu castigo. Deplorará a sua ingratidão; desejará reparar a falta, pagar a dívida noutra existência, não raro buscando uma vida de dedicação ao seu benfeitor. Assim, sem o suspeitardes, tereis contribuído para o seu adiantamento moral e vireis a reconhecer a exatidão desta máxima: um benefício jamais se perde. Além disso, também por vós mesmos tereis trabalhado, porquanto granjeareis o mérito de haver feito o bem desinteressadamente e sem que as decepções vos desanimassem.
Ah! meus amigos, se conhecêsseis todos os laços que prendem a vossa vida atual às vossas existências anteriores; se pudésseis apanhar num golpe de vista a imensidade das relações que ligam uns aos outros os seres, para o efeito de um progresso mútuo, admiraríeis muito mais a sabedoria e a bondade do Criador, que vos concede reviver para chegardes a ele. — Guia protetor. (Sens, 1862.)" (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 19.)
Quando fazemos algo para ajudar alguém, por mais simples favor que seja, esperamos receber a gratidão em retorno. Pois as pessoas são criadas desde pequenas com o ensinamento de que sempre que receberem um gesto de auxílio, devem agradecer.
E não há problema nisso, pelo contrário, está corretíssimo ser não só educado, mas principalmente grato por tudo o que se recebe. O erro está em fazer o bem esperando algo em troca.
Começamos pelo simples fato de que sempre que nossos pensamentos e ações envolverem expectativa, isso já está errado. A expectativa antecede a ansiedade, e ambas são contrárias à paciência.
No segundo ponto, erramos e muito quando fazemos o bem esperando algo em troca. Quando agimos dessa maneira, estamos "vendendo" a caridade, que deixa de ser caridade e passa a ser prestação de serviços.
A verdadeira caridade é feita de coração e de maneira natural e desinteressada, sem esperar nada em retorno. Nem mesmo um agradecimento. Nem mesmo um sorriso. Nem mesmo um comportamento amigável. Fazer o bem é agir exclusivamente pelo desejo de servir, de ser útil ao próximo. Exatamente como Jesus destacou ao dizer que "o Filho do Homem veio para servir, e não para ser servido".
Quando fazemos uma boa ação e alguém nos responde com ingratidão, porque deveríamos ficar chateados, se não estávamos esperando nada em troca? Se a outra pessoa deseja agir com ingratidão, essa é uma decisão dela, a qual ela própria terá que conviver com as consequências. Porém quando levamos isso para o lado pessoal, quem está errando somos nós, ao não praticar o bem de forma desinteressada.
Portanto, todas as vezes em que alguém lhe oferecer a ingratidão, repita em seus pensamentos:
"Senhor, fico feliz em servir e ser um instrumento para que o auxílio chegue aos necessitados. Que um dia todas as pessoas que recebem as tuas bênçãos possam ser gratas por direcionares os teus trabalhadores até elas".
Deste modo, não só tirando de nossos pensamentos o ato de ingratidão, como também já orando pelo próximo.
Lembremos amados irmãos, este é um mundo de expiações e provas. Estamos aqui para quitar nossos débitos, para nos desenvolver e para sermos testados. Não podemos nos abalar com coisas tão pequenas. Em todas as situações, respiremos fundo e sejamos gratos a Deus por tudo de bom que temos em nossas vidas, mas também por todas as coisas ruins e todas as dificuldades, pois são elas que nos fazem crescer.
Senão, os ingratos seremos nós!
Fica a reflexão.
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