Coerência entre palavras e atitudes

"Todos os que confessam a missão de Jesus, dizem: Senhor, Senhor! Mas de que vale chamá-lo Mestre ou Senhor, quando não se seguem os seus preceitos? São cristãos esses que o honram através de atos exteriores de devoção, e ao mesmo tempo sacrificam no altar do egoísmo, do orgulho, da cupidez e de todas as suas paixões? São seus discípulos esses que passam os dias a rezar, e não se tornam melhores, nem mais caridosos, nem mais indulgentes para com os seus semelhantes? Não, porque, à semelhança dos fariseus, têm a prece nos lábios e não no coração. Servindo-se apenas das formas, podem impor-se aos homens, mas não a Deus. É em vão que dirão a Jesus: “Senhor, nós profetizamos, ou seja, ensinamos em vosso nome; expulsamos os demônios em vosso nome; comemos e bebemos convosco!” Ele lhes responderá: “Não sei quem sois. Retirai-vos de mim, vós que cometeis iniqüidade, que desmentis as vossas palavras pelas ações, que caluniais o próximo, que espoliais as viúvas e cometeis adultério! Retirai-vos de mim, vós, cujo coração destila ódio e fel, vós que derramais o sangue de vossos irmãos em meu nome, que fazeis correrem as lágrimas em vez de secá-las! Para vós, haverá choro e ranger de dentes, pois o Reino de Deus é para os que são mansos, humildes e caridosos. Não espereis dobrar a justiça do Senhor pela multiplicidade de vossas palavras e de vossas genuflexões. A única via que está aberta, para alcançardes a graça em sua presença, é a da prática sincera da lei do amor e da caridade.”"

É necessário tomarmos todo o cuidado para não nos tornarmos cristãos somente da boca para fora. Nossas atitudes devem ser coesas com aquilo que nossa boca diz.

De que adianta irmos a um centro espírita e lá sermos pessoas amáveis e bondosas, mas quando sairmos de lá voltarmos para aquelas mesmas atitudes egoístas e hostis que nos são habituais?

De que adianta nosso discurso estar repleto de lindas palavras e nossas atitudes revelarem exatamente o oposto do que pregamos?

De que adianta repetirmos e enaltecermos os ensinamentos de Jesus e de todos os grandes sábios do passado se não procuramos entender o profundo significado deles?

De que adianta sabermos de cor todos os ensinamentos de Jesus se não os utilizamos para nos tornarmos pessoas melhores?

É fundamental que sempre façamos uma auto-análise para detectar se não estamos caindo no auto-engano. Porque se dermos atenção somente ao que sai de nossa boca, podemos cometer o equívoco de pensarmos que somos pessoas melhores do que realmente somos na prática.

É por isso que Jesus dizia: "nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus."

Muitos terão profetizado e convertido nos quatro cantos do mundo, mas se não tiverem convertido a si próprios, de nada isso adiantará. Estarão ainda repletos de defeitos e impurezas, pois em vez de agir como homens que pensam antes de falar, agiram como papagaios repetindo sons sem pensar.

Queremos ser estes papagaios? Ou queremos ser pessoas sensatas, bondosas, benevolentes, humildes e honestas?

Fica a reflexão.


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