Conduta espírita perante a pandemia

Sim, eu sei que esse é o assunto do momento, e que só se fala nisso. Pretendia, inclusive, evitar o tema. Porém tenho visto muitas pessoas (espíritas inclusive) se desesperando, então achei pertinente tratar deste tema.



Indo direto ao ponto:

- Como deve ser a conduta espírita perante a pandemia e a quarentena?

O espírita deve manter-se calmo e equilibrado, pois sabe que a vida verdadeira é a do espírito, eterna, e não esta encarnação limitada que nos serve de aprendizado.

Indo além, o espírita deve estar ciente de que ninguém desencarna antes da hora prevista. Todavia sabe que todo aquele que expõe-se de maneira imprudente a perigo desnecessário, comete suicídio indireto.

Não deve se deixar contaminar pela atmosfera de medo e desespero que se espalha através da mídia e das redes sociais, pois sabe que isso baixa a sua vibração. Deve, ao contrário, evitar exposição a esses meios, e dedicar mais tempo à atividades edificantes, aproveitando para melhorar-se e manter-se sempre na sintonia com os benfeitores espirituais.

Além disso, deve zelar por aqueles que passam necessidades, sejam elas materiais, mentais, emocionais ou espirituais. Que esteja sempre pronto a auxiliar ao próximo, pelos meios que tiver à disposição.

Em resumo, o espírita não deve esquecer-se do seu compromisso de trabalhador da última hora, e de seu objetivo de ser um ponto de luz na Terra, e portanto, agir de acordo.


- Comentário

Por estarmos familiarizados com o tema da imortalidade do espírito e do ciclo das reencarnações, devemos remover essa atmosfera ruim da morte física (desencarne). Sabemos que o ser é o espírito, e não o corpo.

Com excessão dos casos de suicídio direto ou indireto, se o indivíduo desencarna, é porque sua jornada nessa encarnação chegou ao fim, e portanto é hora de partir rumo à uma nova etapa de seu desenvolvimento, até que esteja apto a reencarnar novamente. Seria cabível se os estudantes da escola de ensino médio entrassem em desespero cada vez que um ex-colega saísse da escola para estudar na universidade?

Devemos também ser vigilantes para não nos contaminarmos com a psicosfera do medo e do desespero. Em primeiro lugar, para não ficarmos repetindo esse negativismo. E em segundo lugar, ao entrar nessa vibração, nos distanciamos dos benfeitores espirituais e nos tornamos presa fácil de todos os obsessores, comprometendo a nossa saúde física e nos deixando mais vulneráveis às enfermidades.

Devemos estar sempre na sintonia do bem, da paz, do amor, da fé, da caridade, pois essa é a sintonia que nos fortalece, e nos permite estar próximos de nossos espíritos protetores e dos demais benfeitores amigos, permitindo que tenhamos acesso mais fácil às suas boas intuições. Indo além, quanto mais bem sintonizados e melhores estivermos, mais aptos estaremos a auxiliar o próximo.

E sendo nós os trabalhadores da última hora, devemos agir como tal. Devemos nos colocar ao serviço do bem. Seja atuando através dos meios materiais, com doações de materiais, alimentos, dinheiro, ou organizando a coleta e distribuição dos mesmos. Seja atuando através dos meios espirituais, fazendo orações diárias pelos doentes, pelas pessoas em desespero, pelas pessoas endurecidas que não seguem as orientações, por aqueles que desencarnam, para que possam ter uma transição tranquila. Seja através dos meios emocionais e mentais, prestando suporte emocional e mental para os demais, através de palavras de carinho e de encorajamento, através de conselhos, valendo-se de todos os meios modernos de comunicação para tal.


- Conclusão:

Isso, amados irmãos, é o mínimo que se espera dos espíritas. Pois há muitas pessoas que não possuem nem 10% desse conhecimento e estão fazendo 10 vezes mais.

Lembremos sempre de que "a quem muito foi dado, muito será cobrado". E lembremos do exemplo de Jesus, que não veio para ser servido, mas sim para servir. E nós, como seus seguidores, não poderíamos agir de forma diferente.

Serenidade, equilíbrio, trabalho e amor. Essas são as palavras que definem o nosso foco de agora em diante.

Mãos à obra!



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