Ano-novo, tudo novo. Será mesmo? Como podemos ter um ano novo de verdade?

 Chega o mês de dezembro e todos estão exaustos. Cansados de um ano inteiro de dificuldades. Ainda mais neste ano, onde a pandemia afetou a vida de muitas pessoas (e de muitas maneiras diferentes). Todos anseiam por um novo ano, "zero bala", uma página em branco para começar tudo de novo.

E é justamente aí que está o problema: começar tudo de novo.

Essa é a hora em que começamos a repetir as mesmas coisas de sempre, da mesma maneira de sempre e esperando resultados diferentes. E nunca funciona. Porque será?

Vamos a um exemplo:

Uma criança pequena está brincando na praia. Ela está usando seus baldes e demais equipamentos para fazer um castelinho de areia. Porém ela está muito perto do mar. Mais ou menos a cada dez minutos, vem uma onda mais forte e desmancha toda a construção que a criança já fez. A criança então não vê outra opção a não ser começar de novo. E então outra onda vem, o castelo se vai, a criança recomeça e assim por diante.

Um adulto assiste a cena à distância e fica se perguntando: porque a criança não sai dali e vai fazer o castelo em outro lugar? Ou porque a criança, se deseja ficar ali, não usa os baldinhos para brincar com a água e fazer outra coisa, já que o castelo não está dando certo? O adulto olha então para os pais da criança, que apenas a observam em seu passatempo.

Essa criança somos nós, que ficamos fazendo exatamente a mesma coisa, vez após vez, sem mudar nada em nossas ações, e por consequência, obtendo sempre os mesmos resultados. Como no caso da criança, sempre temos a opção de mudar onde estamos atuando, ou como estamos atuando, mas não o fazemos.

O adulto que observa a cena são os amigos, que muitas vezes veem essa repetição de padrão ano após ano, e não conseguem entender porque insistimos tanto em fazer as coisas sempre da mesma forma, mesmo sabendo que não funciona.

Os pais da criança, que a deixam desenvolver sozinha o seu intelecto, representam Deus. Deus não interfere diretamente nas nossas vidas, pois senão nunca desenvolveríamos as qualidades necessárias para a nossa evolução. Deus nos coloca na praia, nos dá o baldinho e as ferramentas, e nos deixa livres para aprender, no nosso próprio ritmo.

E assim é a vida, temos todos os recursos para fazer o que quisermos, porém ainda assim depende exclusivamente de nós decidir o que vamos fazer, como vamos fazer e quando vamos fazer.

Conclusão:

Precisamos olhar para nossas vidas e para nós mesmos, buscando com sinceridade e humildade tentar entender como chegamos onde estamos atualmente, e porque estamos estagnados no mesmo lugar. Precisamos identificar o que é que não está funcionando a favor do nosso objetivo maior. Aliás, temos objetivos? Quais são eles? Sabemos onde queremos chegar?

Somente com muita meditação e muita reflexão poderemos chegar nessas respostas, bem como bolar um plano de ação, de como faremos para mudar as nossas vidas.

Mas isso tudo depende de nós, e somente de nós.

Talvez não seja algo que se resolva em um ano, mas precisamos ter uma direção definida e começar a nossa caminhada o quanto antes. Pois toda jornada começa com o primeiro passo, e é muito melhor dar passos pequenos e lentos, do que ficar parado no mesmo lugar reclamando.

E lembremos, amados leitores, o melhor dia para começar é sempre hoje!!!


Que neste ano que se inicia, possamos todos nós estarmos receptivos para todas essas reflexões, a fim de encontrar todas as respostas que precisamos. E que tenhamos a coragem, a disciplina e a prudência para realizar todas mudanças que forem necessárias em nossas vidas.

Que 2021 seja um ano muito abençoado para todos!!!

 

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