A destruição do velho-eu e o nascimento do novo-eu: a grande transição

Nossa existência atual é a combinação de todas as nossas vivências e de todas as decisões que já tomamos em todas as nossas encarnações.

Nosso "eu atual" passou por muitas coisas, por muitas encarnações em diferentes épocas, em diferentes contextos, passando por uma diversidade enorme de situações.

Por isso, como fomos aprendendo à medida que íamos passando pelas experiências, em certas áreas somos bons, em outras somos mais ou menos, e em outras ainda somos ruins.

Em resumo, podemos dizer que o nosso "eu atual" é um sobrevivente, pois foi assim que conseguimos chegar até aqui.

Porém o nosso "eu atual" é cheio de vícios, de erros, de manias, de apegos, de mágoas, de diversas coisas que fomos acumulando durante as nossas diversas encarnações. E essas coisas não são mais compatíveis conosco. Estamos carregando uma mochila repleta de pedras, que nos impede de escalar rumo à felicidade.

Então ficamos empacados, cometendo sempre os mesmos erros e presos nesse ciclo vicioso por várias encarnações, infelizes e desmotivados.

E é por isso que precisamos abandonar esse "eu atual". Ele à partir de agora será o "velho eu", para que um "novo eu" possa surgir.

O "velho eu" é duro, resistente, protetor e necessário, assim como o casulo de uma borboleta. É uma etapa necessária da nossa evolução, mas se desejamos voar, precisamos abrir mão dele.

O "novo eu" não é algo a ser criado. É algo a ser libertado.

Para que o "novo eu" possa ser libertado, precisamos abrir mão dessa mochila de pedras que estamos carregando: vícios, falhas morais, medos, mágoas, apegos, e de todas as demais amarras que nos impedem de ser livres e leves. É abrir mão de tudo aquilo que não é benéfico para nós. Pois somente assim poderemos emergir em nosso total potencial, prontos para voar rumo ao alto.

Infelizmente para fazer essa transição do "velho eu" para o "novo eu", enfrentamos um paradoxo:
- Com o "velho eu", sou infeliz, porém é o mal que eu conheço.
- Com o "novo eu", novas oportunidades se abrem, porém irei rumo ao desconhecido.

Não é sempre que teremos a força moral e a coragem necessárias para avançar em rumo ao desconhecido, por mais promissor que ele seja.

Precisamos encontrar essa garra dentro de nós, para abrir mão desse "velho eu" que fomos por tantos séculos e avançarmos rumo ao terreno desconhecido, visto que se assim não o fizermos, continuaremos eternamente na nossa estagnação na infelicidade.

Toda caminhada começa sempre com o primeiro passo. E à medida que vamos dando um passo após ao outro, passos lentos porém determinados, tudo vai gradualmente ficando mais fácil, pois vamos deixando nossa pesada bagagem para trás. Apreciamos a libertação que estamos sentido e cada vez temos mais motivação de seguir em frente.

E embora nos momentos de dificuldade possamos balançar um pouco, chega um ponto onde estamos convencidos de que não precisamos mais daquele "velho eu". Já nos libertamos daquela pesada carapaça que já não nos é mais útil, e agora é tempo de ascender em direção à luz.

Certamente que a fim de executarmos nossa mudança interior precisaremos enfrentar grandes batalhas internas, mas ao fim de cada uma delas nos sentimos mais e mais fortalecidos.

Mais adiante, chegará ao ponto em que olharemos para trás e não mais reconheceremos aquele "velho eu", pois só existirá o "novo eu", leve, livre e em paz. E então diremos à nós mesmos: "eu faria tudo de novo!"

Amados irmãos, não tenhamos medo do desconhecido. Não tenhamos medo de trilhar o caminho do bem. Sejamos fortes e corajosos para executar a nossa mudança interior, pois como os trabalhadores da última hora que somos, ainda há tempo de trabalhar na vinha do Senhor.

Que assim seja!

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