O que está por trás dos vícios? - Parte 2
Post correspondente ao dia 12/02.
Continuação do primeiro post sobre o tema: O que está por trás dos vícios? - Parte 1
Seguindo na linha de raciocínio do post anterior, agora vamos levar em consideração outro fator que também contribui para os vícios: a insatisfação humana.
Estamos sempre em busca de algo que nos traga a tão sonhada felicidade.
Só que como não sabemos que a felicidade vem da paz interior e da realização íntima, ficamos procurando-a nos mais variados lugares.
Alguns buscam na satisfação contínua de esportes radicais, outros na satisfação das mais variadas formas de sexo, outros nas drogas, e a lista se estende sobre todas as atividades que possam provocar uma alta descarga de bem-estar (via liberação de hormônios), onde por alguns instantes sente-se a tão sonhada felicidade.
Isso até me lembra o comentário do personagem Toretto, do filme Velozes e Furiosos, onde o mesmo diz: "levo a minha vida 1km por vez e nada mais importa, pois por 10 segundos ou menos, eu sou livre".
E essa fala ilustra bem o nosso tema. Pois em todas essas atividades que geram as descargas de bem-estar, depois do momento de êxtase e alegria, tudo volta ao normal.
Para uma pessoa equilibrada, tudo bem, a volta-se a vida normal e equilibrada.
Mas para uma pessoa desequilibrada, infeliz, em que a vida é difícil e turbulenta, depois de passar o momento de êxtase, retorna-se para a mesma vida problemática.
Então, na ânsia de obter mais momentos de êxtase e alegria (na ilusão de que isso irá constituir a sua felicidade) o indivíduo começa a repetir as suas atividades que geram bem estar. Isso cria uma dependência química, não de substâncias externas, mas dos próprios hormônios.
Vamos supor que a atividade que gere êxtase a esse indivíduo seja um esporte radical. O indivíduo passará então a praticar esse esporte o máximo de dias possíveis na semana, e a cada dia tentará ir mais longe em seus limites. Desse modo, o que era para ser um hobby e uma diversão, torna-se uma compulsão e um vício, onde a pessoa pensa que o conjunto daqueles vários pequenos momentos de êxtase constitui a sua felicidade.
Com isso fica o indivíduo em um paradoxo: quanto mais se satisfaz, mais insatisfeito está. E esse ciclo torna-se uma prisão.
Podemos até mesmo citar o exemplo dos compradores compulsivos e dos acumuladores: muitas vezes a maioria das coisas que possuem jamais usaram. Foi apenas pelo curto e intenso prazer de adquirir aquilo.
Então, mais uma vez por trás da fragilidade emocional, em não sabendo como lidar com uma vida turbulenta, adquire o indivíduo uma conduta viciosa. A vítima iludida, pensa estar tendo momentos de felicidade, mas na verdade está cada vez mais prejudicando a si mesmo.
Tenho acompanhado na televisão em canais como Discovery e NatGeo programas que mostram as mais variadas compulsões que as pessoas adquirem. E quando são investigadas as causas, sempre esbarramos nos problemas emocionais.
Podemos então ver com isso que, como já mencionamos no post anterior, os problemas emocionais mal-resolvidos estão sempre por trás dos vícios.
Aí então se faz presente a velha frase: "conhece-te a ti mesmo". Saber identificar as suas próprias fraquezas, defeitos e vícios, por mais doloroso que seja em alguns casos, é o ponto inicial para começar o melhoramento interior. Esse sim levará até a felicidade.
E para concluir: não há problemas com hobbys, esportes e outras atividades que tragam bem estar. O problema está na relação que temos com essas atividades: são elas nossas ferramentas de entretenimento ou somos nós escravos delas?
Fica a reflexão.
Continuamos no próximo post.
Continua em:
O que está por trás dos vícios? - Parte 3 (final)
Continuação do primeiro post sobre o tema: O que está por trás dos vícios? - Parte 1
Seguindo na linha de raciocínio do post anterior, agora vamos levar em consideração outro fator que também contribui para os vícios: a insatisfação humana.
Estamos sempre em busca de algo que nos traga a tão sonhada felicidade.
Só que como não sabemos que a felicidade vem da paz interior e da realização íntima, ficamos procurando-a nos mais variados lugares.
Alguns buscam na satisfação contínua de esportes radicais, outros na satisfação das mais variadas formas de sexo, outros nas drogas, e a lista se estende sobre todas as atividades que possam provocar uma alta descarga de bem-estar (via liberação de hormônios), onde por alguns instantes sente-se a tão sonhada felicidade.
Isso até me lembra o comentário do personagem Toretto, do filme Velozes e Furiosos, onde o mesmo diz: "levo a minha vida 1km por vez e nada mais importa, pois por 10 segundos ou menos, eu sou livre".
E essa fala ilustra bem o nosso tema. Pois em todas essas atividades que geram as descargas de bem-estar, depois do momento de êxtase e alegria, tudo volta ao normal.
Para uma pessoa equilibrada, tudo bem, a volta-se a vida normal e equilibrada.
Mas para uma pessoa desequilibrada, infeliz, em que a vida é difícil e turbulenta, depois de passar o momento de êxtase, retorna-se para a mesma vida problemática.
Então, na ânsia de obter mais momentos de êxtase e alegria (na ilusão de que isso irá constituir a sua felicidade) o indivíduo começa a repetir as suas atividades que geram bem estar. Isso cria uma dependência química, não de substâncias externas, mas dos próprios hormônios.
Vamos supor que a atividade que gere êxtase a esse indivíduo seja um esporte radical. O indivíduo passará então a praticar esse esporte o máximo de dias possíveis na semana, e a cada dia tentará ir mais longe em seus limites. Desse modo, o que era para ser um hobby e uma diversão, torna-se uma compulsão e um vício, onde a pessoa pensa que o conjunto daqueles vários pequenos momentos de êxtase constitui a sua felicidade.
Com isso fica o indivíduo em um paradoxo: quanto mais se satisfaz, mais insatisfeito está. E esse ciclo torna-se uma prisão.
Podemos até mesmo citar o exemplo dos compradores compulsivos e dos acumuladores: muitas vezes a maioria das coisas que possuem jamais usaram. Foi apenas pelo curto e intenso prazer de adquirir aquilo.
Então, mais uma vez por trás da fragilidade emocional, em não sabendo como lidar com uma vida turbulenta, adquire o indivíduo uma conduta viciosa. A vítima iludida, pensa estar tendo momentos de felicidade, mas na verdade está cada vez mais prejudicando a si mesmo.
Tenho acompanhado na televisão em canais como Discovery e NatGeo programas que mostram as mais variadas compulsões que as pessoas adquirem. E quando são investigadas as causas, sempre esbarramos nos problemas emocionais.
Podemos então ver com isso que, como já mencionamos no post anterior, os problemas emocionais mal-resolvidos estão sempre por trás dos vícios.
Aí então se faz presente a velha frase: "conhece-te a ti mesmo". Saber identificar as suas próprias fraquezas, defeitos e vícios, por mais doloroso que seja em alguns casos, é o ponto inicial para começar o melhoramento interior. Esse sim levará até a felicidade.
E para concluir: não há problemas com hobbys, esportes e outras atividades que tragam bem estar. O problema está na relação que temos com essas atividades: são elas nossas ferramentas de entretenimento ou somos nós escravos delas?
Fica a reflexão.
Continuamos no próximo post.
Continua em:
O que está por trás dos vícios? - Parte 3 (final)
Excelente explicação! Como sempre!
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