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Mostrando postagens de julho, 2013

O que é pagar o mal com o bem?

Quando alguém nos prejudica e nos faz sofrer, seja fisicamente ou moralmente, nosso primeiro instinto é nos defendermos, devolvendo o dano na mesma moeda. Isso é o que uma pessoa comum faz. Mas será que o trabalhador do bem quer ser uma pessoa comum? Ou será que o trabalhador do bem quer transcender a todos os costumes de sua época, devotado unicamente para a aquisição de novas virtudes e para a prática do amor ao próximo? Como então o trabalhador do bem age quando é prejudicado? O trabalhador do bem, não se enfurece ao ser insultado, pois já não possui orgulho dentro de si. E caso não tenha dominado o orgulho por completo, refletirá e ponderará sobre a situação, assumindo o controle de si mesmo e conscientemente reprimindo o orgulho. O trabalhador do bem não se entristece quando lhe fazem sofrer, pois a sua fé é enorme e sabe que todo o sofrimento é passageiro e não passa de um teste para a sua paciência. O trabalhador do bem não deseja o mal quando é prejudicado, pois o ma

Estudo das leis morais - Parte 11: A lei de justiça, amor e caridade

Hoje debatendo então sobre a última das leis morais, e a mais importante de todas: a lei de justiça, amor e caridade. Seguem abaixo, na íntegra, as questões referentes a essa lei, e logo após o nosso habitual comentário. " 873. O sentimento de justiça é natural ou resulta de idéias adquiridas? — É de tal modo natural que vos revoltais ao pensamento de uma injustiça. O progresso moral desenvolve sem dúvida esse sentimento, mas não o dá: Deus o pôs no coração do homem. Eis porque encontrais freqüentemente, entre os homens simples e primitivos, noções mais exatas de justiça do que entre pessoas de muito saber. 874. Se a justiça é uma lei natural, como se explica que os homens a entendam de maneiras tão diferentes, que um considere justo o que a outro parece injusto? — É que em geral se misturam paixões ao julgamento, alterando esse sentimento, como acontece com a maioria dos outros sentimentos naturais e fazendo ver as coisas sob um falso ponto de vista. 875. Como se pode definir a

O Remédio Amargo

"Uma mulher estava passando por grandes sofrimentos em sua vida. Estava cheia de dívidas, seu marido a abandonou, seus filhos brigaram com ela, e havia o risco de perder a sua casa. Já não aguentava mais aquela situação, e começou a se questionar o motivo de tamanho sofrimento. Pensou em desistir de tudo e tirar sua própria vida. A noite, em meio a muitas lágrimas derramadas, orou a Deus pedindo que interrompesse tanto sofrimento, pois ela não queria passar por tudo aquilo. Fez uma prece declarando: “Deus, por favor, Não consigo aguentar tanto sofrimento, tantas dificuldades em minha vida. O Senhor é todo poderoso. Suplico que retire este peso dos meus ombros”. Após a oração, a mulher deitou-se e adormeceu. Começo a sonhar que um anjo vinha em sua presença e lhe dizia as seguintes palavras: “Sou o anjo que Deus enviou para te acudir nesse momento. Por favor venha comigo”. No sonho, a mulher foi seguindo o anjo e percebeu que ambos iam regressando ao seu próprio passado. Começou a

A falta de fé

Nas últimas quartas-feiras, estivemos falando sobre as falhas morais. Hoje falaremos de um tópico muito importante que atrasa a nossa evolução moral: a falta de fé. A fé é elemento fundamental para o progresso do homem. Quando o homem crê em Deus, sente-se fortalecido e amparado, vê um propósito em sua vida e percebe a profundidade dos ensinamentos dos grandes espíritos que já passaram pela terra, como Jesus, Buda, Gandhi, São Francisco, Confúcio e tantos outros. Compreende melhor a relação de fraternidade com seus irmãos. Percebe as bênçãos que Deus lhe dá todos os dias. E isso lhe motiva a praticar o bem e a ser uma pessoa melhor. Sem a fé, o homem vive sem propósito, sem esperanças. Não vislumbra nenhuma realidade além da matéria, e por isso entrega-se às felicidades ilusórias do mundo material. O homem sem fé é derrubado a cada dificuldade. O homem de fé sente-se fortalecido ante às adversidades. Isso não quer dizer que não vá sofrer nos momentos difíceis, mas compreende

Estudo das leis morais - Parte 10: A lei de liberdade

Prosseguindo em nossos estudos, hoje abordando a lei de liberdade. Ela explica todos os pormenores do livre arbítrio e da liberdade do homem sobre a Terra. " 825. Há posições no mundo em que o homem possa gabar-se de gozar  de uma liberdade absoluta? — Não, porque vós todos necessitais uns dos outros, os pequenos como os grandes. 826. Qual seria a condição em que o homem pudesse gozar de liberdade absoluta? — A do eremita no deserto. Desde que haja dois homens juntos, há direitos a respeitar e não terão eles, portanto, liberdade absoluta. 827. A obrigação de respeitar os direitos alheios tira ao homem o direito de se pertencer a si mesmo? — Absolutamente, pois esse é um direito que lhe vem da natureza. 828 – a) Os princípios que professaram nesta vida lhes serão levados em conta na outra? — Quanto mais inteligência tenha o homem para compreender um princípio, menos escusável será de não o aplicar a si mesmo. Na verdade, vos digo que o homem simples, mas sincero, está mais adiant

A maledicência

Seguindo nossa série de posts sobre as falhas morais... A maledicência é uma gravíssima falha moral, que infelizmente se tornou socialmente aceita no mundo contemporâneo. Fofocas, mentiras, injúrias, são considerados comuns. Mas na verdade são uma enorme falta de caridade. Como podemos falar mal do próximo? Como podemos fazer julgamentos? Como podemos proferir calúnias? Mas como já diz no evangelho: vemos um cisco no olho de nosso irmão mas não vemos uma trave em nosso próprio olho. Em vez de olhar os defeitos alheios, devemos cuidar de nossos próprios defeitos. Em vez de enumerar os defeitos alheios, porque não tentamos ver as virtudes de nossos irmãos? A caridade precisa ser praticada em todas as ocasiões. Devemos ter cuidado com as palavras que proferimos, pois elas também são de nossa responsabilidade. Leitura complementar: O Argueiro e a Trave no Olho Não Julgueis Para Não Serdes Julgados

Estudo das leis morais - Parte 9: A lei de igualdade

Hoje estudaremos a importantíssima lei de igualdade. É muito esclarecedora, e se todos a compreendêssemos e a seguíssemos, o mundo seria bem melhor! " 803. Todos os homens são iguais perante Deus? — Sim, todos tendem para o mesmo fim e Deus fez as suas leis para todos. Dizeis freqüentemente: “O Sol brilha para todos”, e com isso dizeis uma verdade maior e mais geral do que pensais. Comentário de Kardec: Todos os homens são submetidos às mesmas leis naturais, todos nascem com a mesma fragilidade, estão sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Deus não concedeu, portanto, superioridade natural a nenhum homem, nem pelo nascimento, nem pela morte: todos são iguais diante dele.   804. Por que Deus não deu as mesmas aptidões a todos os homens? — Deus criou todos os Espíritos iguais, mas cada um deles viveu mais  ou menos tempo, e por conseguinte realizou mais ou menos aquisições; a diferença está no grau de experiência e na vontade, que é o livre-arbítrio

O orgulho

Continuando nossa série de posts sobre as falhas morais, hoje falaremos sobre o orgulho. É fundamental que entendamos e possamos identificar em nós essas falhas, pois só assim poderemos mudar. - Entendendo o orgulho e o orgulhoso: O orgulhoso julga-se sempre superior aos demais. Nunca pode perder, nunca pode estar errado, nunca pode ser deixado em segundo plano. O orgulhoso têm uma falsa imagem de si, uma espécie de narcisismo profundo: ele vê a si mesmo com contemplação, como alguém que merece todas as honras e glórias, e que ninguém poderá superá-lo. E é por isso que o orgulho é uma das maiores chagas da humanidade. Como é que alguém tão "maravilhoso" irá se "rebaixar" para ajudar ao seu próximo? Como é que vai admitir estar errado? Como é que vai admitir ser ofendido? O orgulho produz a negação de todas as demais virtudes. Não há como a caridade, a bondade, a paciência e o perdão, por exemplo, coexistirem com o orgulho. Ele as anula. Quando o or

Estudo das leis morais - Parte 8: A lei do progresso

Hoje estudaremos a extensa e muito esclarecedora lei do progresso. É uma das minhas preferidas! "776. O estado natural e a lei natural são a mesma coisa? — Não; o estado natural é o estado primitivo. A civilização é incompatível com o estado natural, enquanto a lei natural contribui para o progresso da Humanidade. Comentário de Kardec: O estado natural é a infância da Humanidade e o ponto de partida do seu desenvolvimento intelectual e moral. O homem, sendo perfectível e trazendo em si o germe de seu melhoramento, não foi destinado a viver perpetuamente na infância. O estado natural é transitório e o homem o deixa pelo progresso e a civilização. A lei natural, pelo contrário, rege toda a condição humana e o homem  se melhora na medida em que melhor compreende e melhor pratica essa lei. 777. No estado natural, tendo menos necessidade, o homem não sofre todas as atribulações que cria para si mesmo num estado mais adiantado. Que pensar da opinião dos que considerem esse estado como

O egoísmo

Dando continuidade sobre o ciclo de temas sobre as falhas morais, hoje falaremos sobre o egoísmo. "11 – O egoísmo, esta chaga da humanidade, deve desaparecer da Terra, porque impede o seu progresso moral. É ao Espiritismo que cabe a tarefa de fazê-la elevar-se na hierarquia dos mundos. O egoísmo é portanto o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças e sua coragem. Digo coragem, porque esta é a qualidade mais necessária para vencer-se a si mesmo do que para vencer aos outros. Que cada qual, portanto, dedique toda a sua atenção em combatê-lo em si próprio, pois esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias terrenas. Ele é a negação da caridade, e por isso mesmo, o maior obstáculo à felicidade dos homens. Jesus vos deu o exemplo da caridade, e Pôncio Pilatos o do egoísmo. Porque, enquanto o Justo vai percorrer as santas estações do seu martírio, Pilatos lava as mãos, dizendo: Que me