Refletindo sobre a indulgência

"Quando a indignação tomar conta do teu ser, recorre aos santos ensinamentos do evangelho: busca no amor e na sabedoria o refúgio para a mente em conflito. Adoça o coração com pensamentos elevados, e a indulgência te será mais leve e duradoura. Esquece as imperfeições e a incoerência do outro, pois tu também já os fizestes. Roga ao pai a bênção do discernimento para aqueles que se encontram em erro, e ama-os sem barreiras. Assim verás que a compreensão e o amor são mais prazerosos do que a indignação de mãos atadas."

A Doutrina Espírita nos convida a buscarmos a cada dia uma atitude moral mais correta, buscando incessantemente corrigirmos nossas imperfeições através do exercício contínuo e intenso das virtudes.

Quanto mais nos dedicamos a esta laboriosa mas recompensadora tarefa, mais colhemos os frutos, e com eles, também colhemos a sabedoria e uma nitidez de pensamento maior do que antes.

Isso faz com que olhemos para alguns erros nossos do passado e pensemos "como fui capaz de agir desta maneira por tanto tempo?".

Esquecemos então de como era estar no meio do nevoeiro, sem ter a clareza de visão e com o discernimento pouco aguçado, muitas vezes tateando entre o certo e o errado, sem saber o rumo correto.

Quando vemos nossos irmãos persistindo no erro, muitas vezes nos mesmos erros que nós no passado cometemos, tentamos alertá-los. Nem sempre surte efeito.

E então essa persistência no erro, causa-nos um sentimento de revolta: "como pode fulano continuar agindo errado, mesmo após todos os alertas e esclarecimentos?".

É necessário lembrarmos de que quando erramos no passado, naquele momento achamos que estávamos fazendo a coisa certa. Só mais tarde que fomos vislumbrar os erros cometidos.

Nessas horas em que sentirmos essa revolta, essa indignação com aquele que insiste no erro, busquemos então uma leitura edificante, para sairmos dessa sintonia. Busquemos a harmonização no evangelho.

Cada um tem o livre arbítrio para fazer as suas escolhas, e aprender com as consequências delas. Cada um compreende a lição ao seu próprio tempo.

Cabe a nós aconselharmos, quando oportuno, e orar pelo esclarecimento de nossos irmãos.

Paz e luz!

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