Façamos também a Caridade Moral

Pedindo desculpas aos nossos leitores pelo recesso não planejado, queremos informar que o blog está de volta à ativa para este ano de 2018.

E para começar a temporada deste ano, trataremos deste tema tão importante que é a caridade moral.



"10 – Meus amigos, tenho ouvido muitos de vós dizerem: Como posso fazer a caridade, se quase sempre não tenho sequer o necessário?

A caridade, meus amigos, se faz de muitas maneiras. Podeis fazê-la em pensamento, em palavras e em ações. Em pensamentos, orando pelos pobres abandonados, que morreram sem terem sequer vivido; uma prece de coração os alivia. Em palavras: dirigindo aos vossos companheiros alguns bons conselhos. Dizei aos homens amargurados pelo desespero e pelas privações, que blasfemam do nome do Altíssimo: “Eu era como vos; eu sofria, sentia-me infeliz, mas acreditei no Espiritismo e, vede agora sou feliz!” Aos anciãos que vos disseram: “É inútil; estou no fim da vida; morrerei como vivi”, respondei: “A justiça de Deus é igual para todos; lembrai-vos dos trabalhadores da última hora!” Às crianças que, já viciadas pelas más companhias, perdem-se nos caminhos do mundo, prestes a sucumbir às suas tentações, dizei: “Deus vos vê, meus caros pequenos!”, e não temais repetir freqüentemente essas doces palavras, que acabarão por germinar nas suas jovens inteligências, e em lugar de pequenos vagabundos, fareis delas verdadeiros homens. Essa é também uma forma de caridade.

Muitos de vós dizeis ainda: “Oh! somos tão numerosos na terra, que Deus não pode ver-nos a todos!” Escutai bem isso, meus amigos: quando estais no alto de uma montanha, vosso olhar não abarca os bilhões de grãos de areia que a cobrem? Pois bem: Deus vos vê da mesma maneira; e Ele vos deixa o vosso livre arbítrio, como também deixais esses grãos de areia ao sabor do vento que os dispersas. Com a diferença que Deus, na sua infinita misericórdia, pôs no fundo do vosso coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência. Ouvi-a, que ela vos dará bons conselhos. Por vezes, conseguis entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal, e então ela se cala. Mas ficai seguros de que a pobre relegada se fará ouvir, tão logo a deixardes perceber a sombra do remorso. Ouvi-a, interrogai-a, e freqüentemente sereis consolados pelos seus conselhos.

Meus amigos, a cada novo regimento o general entrega uma bandeira. Eu vos dou esta máxima do Cristo: “Amai-vos uns aos outros”. Praticai essa máxima: reunir-vos todos em torno dessa bandeira, e dela recebereis a felicidade e a consolação.

UM ESPÍRITO PROTETOR, Lyon, 1860.
"


Existem dois tipos de caridade, a caridade material e a caridade moral. A primeira, é feita com o dinheiro e com os recursos materiais, tais como o alimento, roupas e todo o tipo de doações.

Já a caridade moral é feita com o amor e com todas as virtudes, tais como a paciência, a benevolência, a indulgência e o perdão.

É até interessante que associemos sempre o termo "caridade" com doações materiais, visto que Jesus, nosso modelo e guia, sempre praticou extensivamente a caridade moral.

Certamente que a caridade material é importantíssima, pois beneficia muitos que não possuem nem mesmo o básico para sua existência.

Porém não podemos relegar a caridade moral ao esquecimento. Enquanto que os corpos estão famintos de alimento, também estão as almas famintas de amor.

Como é triste ver tantas pessoas que possuem todas as condições necessárias para uma boa vida: um lar, um trabalho, um carro e todos os demais confortos, mas ainda assim seus corações estão completamente ressecados pela falta de amor!

Quantas pessoas alegram-se ao receber um "bom dia", pois já faz um tempo desde que alguém lhes desejou algo de bom.

Quantas pessoas alegram-se com aquela conversa rápida sobre o tempo no elevador, pois já faz um tempo desde que alguém lhes deu atenção.

Neste momento talvez você esteja se perguntando: como posso ser útil ao próximo?

O primeiro passo é parar de olharmos somente para o nosso umbigo. Precisamos deixar de ser egoístas e olharmos para aqueles que nos rodeiam. E aí sim então, com um coração repleto de amor, veremos todas as oportunidades de sermos úteis.

E então poderemos ajudar, dando atenção ao nosso próximo, dando um ombro amigo, incentivando, aconselhando, acalmando, enfim, provendo toda a assistência necessária.

E na dúvida, basta seguir o mandamento maior: tratemos os outros como gostaríamos de ser tratados.

Há muitos corações precisando de amor. Façamos a nossa parte, semeando o amor de pouquinho em pouquinho em cada coração, e gradualmente com isso fazendo do mundo um lugar mais iluminado.


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