Equilíbrio entre conhecimento intelectual e conhecimento moral

Na Doutrina Espírita aprendemos que existem dois pilares para a edificação do ser (também conhecidos como "as duas asas"): o conhecimento intelectual e o conhecimento moral.

O conhecimento intelectual se faz necessário para que possamos desenvolver a nossa inteligência, avançando em conhecimento sobre os diversos temas do mundo material.

No que tange ao Espiritismo, podemos identificar o conhecimento intelectual como sendo a explicação de todas as coisas e de seu funcionamento.

Já o conhecimento moral se faz necessário para que possamos desenvolver a nossa moralidade, ou seja, as nossas virtudes, promovendo a mudança interior e a nossa evolução espiritual.

Porém é comum ocorrer de priorizarmos o conhecimento intelectual, enquanto negligenciamos o conhecimento moral.

Seja por ignorância ou por comodismo, preferimos nos perder na imensidão de informações sem fim, entendendo tudo sobre os espíritos e sobre o mundo espiritual, fugindo da responsabilidade de trabalharmos nossa moralidade.

De que adianta sabermos de cor todos os livros da Codificação Espírita, todos os livros psicografados por Chico Xavier, todos os ensinamentos de Joanna de Ângelis se a nossa moralidade continua um lamaçal?

Estaremos com isso sendo diferentes dos Fariseus que estudavam tudo sobre as leis e os profetas e não modificavam em nada o seu interior?

Se desejamos evoluir, precisamos aprender sobre as falhas morais e sobre as virtudes, para realizarmos nossa reforma íntima com conhecimento de causa.

Precisamos do embasamento teórico do Evangelho, porém não podemos abrir mão de colocá-lo em prática.

Jesus em todos os seus atos demonstrava as virtudes das quais falava, não só nos mostrando de que é possível agir com virtude em todas as ocasiões, como também nos mostrando que seus ensinamentos são para ser praticados, e não somente debatidos.

Se a cada um será dado conforme suas obras, que obra realiza aquele que não modifca seu interior? Aquele que continua estagnado sendo a mesma pessoa vazia e coberta de falhas morais desde tempos imemoráveis?

Busquemos sim o conhecimento intelectual, mas sempre tenhamos a moralidade em primeiro lugar. E não somente a moral teórica, mas a moral prática, onde todos os nossos atos nos identificam como seguidores do Cristo.


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