O ser humano e o mundo de ilusões

O homem criou para si próprio prisões. Prisões essas feitas de ilusões.

Em sua fase de amadurecimento, a humanidade entrou em um mundo de ilusões, semelhante ao mundo de Peter Pan.

Convencionou então que para ser feliz era preciso posses e poder.

E com isso desbravou novas terras, conquistou e oprimiu outros povos, guerreou com seus vizinhos, escravizou os demais, e assim estabeleceu reinados e impérios.

Mas ainda assim o homem não era feliz.

Porém, tal como a criança, que acha que a sua felicidade está em brincar e comer doces, e quando vira adolescente percebe que eram apenas devaneios infantis, a humanidade ao se desenvolver foi abandonando gradualmente (porém nunca totalmente) essas idéias. Mas como percebeu que a realidade era mais difícil e menos emocionante, criou novos devaneios.

Hoje somos escravos das programação televisiva, que nos aliena do mundo ao nosso redor. Estratégias de marketing nos fazem comprar inúmeras tranqueiras, roupas e acessórios que não precisamos. Pensamos que sem o corpo e a beleza perfeitos, não teremos lugar no mundo. E para descontar as frustrações, medos e incertezas, utilizamos dos vícios como meios de fugir dessa ilusão (indo para dentro de outra).

E todas essas ilusões que nos aprisionam, foram criadas por nós mesmos.

Só depende de nós sairmos dessa prisão. A chave está no nosso bolso. Mas será que queremos?

Assim como o Peter Pan, vivemos em um mundo de fantasia. Sabemos lá no fundo que não é a realidade, mas como não queremos crescer, nos aconchegamos nessa zona de conforto.

A realidade é mais difícil e vai exigir muito mais de nós, mas somente na realidade é que atingiremos a felicidade real.

No mundo de ilusão, nunca conseguiremos ser felizes por completo, pois sempre algo dentro de nós nos diz que aquilo é fictício.

E uma vez que tomemos conhecimento da realidade, cada vez vai ser mais difícil viver no mundo da ilusão.

Porque a tendência é sempre progredirmos. Á medida que amadurecemos, temos que seguir em frente. A estagnação sempre nos trará desconforto.

Uma ótima analogia para este tema é feita no filme Matrix:
O personagem principal (Neo) somente conseguiu desenvolver suas habilidades de “escolhido” quando passou a ter certeza de que a Matrix era uma vida falsa e que a vida verdadeira era a que o Morpheus (seu mestre) estava apresentando. E então foi capaz de fazer coisas consideradas impossíveis.

Sairmos ou não desse mundo de ilusões, dessa fantasia que nós próprios criamos, só depende de nós, de nossa conscientização. Se queremos ser felizes de verdade, esse é o único caminho.



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